Dom Angélico

O bispo que gritava
junto com o povo

Neste site, o internauta e a internauta poderão desvendar a vida e a obra do bispo católico Dom Angélico Sândalo Bernardino.
Apoiado em textos, áudios, documentos, fotos e vídeos, este perfil multimídia permite percorrer os caminhos que o transformaram em uma das lideranças mais atuantes da periferia de São Paulo, sobretudo nos anos 1970 e 1980, testemunhar sua ação pastoral, sua produção como jornalista, e entender seu papel na resistência à ditadura militar (1964-1985) e na defesa dos Direitos Humanos.

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  • Dom Angélico - Servo Inútil
  • 1. Servo

  • Inútil

  • 2021

  • • Dom Angélico de máscara
    • O distanciamento social imposto pela pandemia
    • O que é ser bispo emérito no Brasil
    • A atenção à saúde, aos 88 anos
    • As batalhas que seguem
    • Os bastidores desta reportagem

  • Capítulo 1

  • Dom Angélico - Um humanista em formação
  • 2. Um humanista em

  • formação

  • 1933-1959

  • • As origens
    • A infância humilde em Saltinho
    • O menino que escolheu ser padre sem saber o que era aquilo
    • Os estudos em Sorocaba, São Carlos, São Paulo e Viamão
    • Padre ou jornalista?
    • O coração balança: namorar é bom
    • Enfim, Padre Angélico

  • Capítulo 2

  • Deus é Amor
  • 3. O padre que mandava

  • ocupar tudo

  • 1960-1974

  • • 1964, um golpe contra o Brasil
    • Jornalismo de resistência
    • Padre Angélico é fichado no Dops e intimado a depor
    • Concílio Vaticano II e Conferência de Medelín
    • A opção preferencial pelos pobres
    • Um novo inquilino na favela da Vila Carvalho
    • Nasce uma nova igreja: “Deus é Amor”
    • 1974, um convite do arcebispo

  • Capítulo 3

  • O bispo que marchava com os trabalhadores
  • 4. O bispo que marchava com os

  • trabalhadores

  • 1975-1980

  • • Padre Angélico agora é Dom Angélico, bispo-auxiliar de São Paulo
    • A Igreja de Dom Paulo Evaristo Arns
    • A Operação Periferia
    • Vladimir Herzog, Manoel Fiel Filho e Santo Dias da Silva
    • A Pastoral Operária

  • Capítulo 4

  • Dom Angélico Militante
  • 5. O militante que peitou

  • o governador

  • 1980-1989

  • • Um mundo chamado São Miguel Paulista
    • O povo em movimento: moradia, terra, saúde e outras reivindicações
    • A Praça do Forró é de todos
    • O jornal Grita Povo

  • Capítulo 5

  • Um semeador na diaspora
  • 6. Um semeador

  • na diáspora

  • 1989-2020

  • • Uma igreja esquartejada
    • Novos desafios na Vila Brasilândia
    • O exílio em Blumenau
    • Bispo emérito, sempre andarilho.

  • Capítulo 6

  • O Documentário

  • Dom Angélico

  • e o Grito do Povo

  • Assista ao filme de Rodrigo Siqueira

  • Assista

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Esquadrões da Morte

Grupos de extermínio criados no Rio de Janeiro e em São Paulo no final dos anos 1960 e que logo se espalharam por outras capitais. Seus membros agiam à margem da lei, embora contassem com a colaboração e o apoio de políticos, policiais e integrantes das Forças Armadas, com o objetivo de executar opositores da ditadura, mas não apenas. Estima-se que mais de mil pessoas, em geral pessoas da periferia acusadas de cometer pequenos furtos ou delitos, tenham sido mortos por esses grupos. No final dos anos 1970, o Ministério Público de São Paulo apontou o delegado do Dops Sérgio Paranhos Fleury como principal líder do Esquadrão da Morte paulista.

Dom Angélico na capa da revista dos Missionários Maryknoll, dos Estados Unidos, em edição especial sobre não violência e mudança social na América Latina publicada em 1985. “Há a violência policial e a violência de um regime militar ditatorial e discriminatório, imposto em 1964, que ainda exerce poder e sob o qual milhares de pessoas foram torturadas e mortas”, afirmou o bispo à reportagem.

Margarida Alves

Eleita presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB) em 1973, foi uma das primeiras mulheres no Brasil a se estabelecer como liderança sindical e na defesa de direitos trabalhistas. Foi assassinada em 1983, aos 50 anos, na porta de casa. Inspirou a Marcha das Margaridas, realizada desde 2000.

Bispo Titular de Tambee

Tambee é o nome de uma diocese histórica, localizada na Tunísia, que desde os anos 1960 só existe no papel, como título, o que é chamado de “sé titular” na Igreja Católica. O bispo de uma sé titular tem acento no colégio dos bispos, mas não tem uma jurisdição ou um grupo de fiéis sob sua condução. É costume atribuir uma sé titular aos bispos-auxiliares, que não têm uma área geográfica sob sua condução.

Nunciatura apostólica

Representação da Santa Sé em outro país, como uma espécie de embaixada. O núncio apostólico no Brasil é o representante do papa no país.

Lei de Segurança Nacional (LSN)

Legislação que define crimes e penas para quem, na interpretação do legislador, colocar o Estado em risco, seja por conspiração, subversão, espionagem, atentado contra a soberania nacional ou contra a ordem. Houve muitas versões da LSN. Na de 1967, fazer greve era considerado crime, assim como “ofender física ou moralmente quem exerça autoridade”. A LSN de 1983 vigorou até 2021.

Ouro para o Bem do Brasil

Campanha de arrecadação criada pelos Diários Associados, antiga rede de jornais fundada por Assis Chateaubriand, a fim de ajudar o Tesouro Nacional a quitar a dívida externa e equilibrar as finanças da União após o golpe de 1964. Pedia-se que cada cidadão doasse seus objetos de ouro em postos de coleta.

DOI-Codi

O Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna foi um órgão subordinado ao Exército instituído em 1970 em São Paulo como sucessor da Operação Bandeirante (Oban), até então um centro clandestino de inteligência e repressão que logo se tornou o mais cruel local de tortura e extermínio utilizado pela ditadura militar. A estrutura foi reproduzida em outras capitais. Estima-se que pelo menos 50 presos políticos tenham sido assassinados no DOI-Codi de São Paulo entre 1970 e 1975, entre os quais o estudante Alexandre Vannucchi Leme, o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manoel Fiel Filho. O deputado Rubens Paiva foi uma das vítimas do DOI-Codi do Rio de Janeiro.

AI-5 O Ato Institucional nº 5 foi o quinto de um total de 17 decretos editados pelo governo militar após o golpe de 1964. Instituído em 13 de dezembro de 1968, o AI-5 foi responsável por oficializar a censura, suspender o direito constitucional do habeas corpus, conferir ao presidente da República o direito de fechar o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas (assumindo para si a função de legislar), intervir em Estados e Municípios e suspender direitos políticos de qualquer cidadão.

Homilia

Do grego, “conversa familiar”. Momento da missa em que o padre prega à comunidade, num tom mais de acolhimento do que de palestra ou sermão. É esperado que o sacerdote aborde as leituras do Evangelho feitas anteriormente, oferecendo uma interpretação para elas, e as relacione com aspectos da vida, do tempo presente.

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