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Esta publicação é resultado do projeto “Perfil multimídia de luta pelos Direitos Humanos: Dom Angélico”, desenvolvido em 2021 pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH). Foi financiada graças a uma emenda parlamentar do deputado federal Paulo Teixeira, de São Paulo, executada por meio de termo de fomento (nº 903.454/2020) firmado entre o IVH e a União, por intermédio da Secretaria Nacional do Audiovisual (SAv).

Foram feitas seis entrevistas presenciais com Dom Angélico Sândalo Bernardino. Outras entrevistas foram realizadas com Waldir Aparecido Augusti, Irmã Carmem Julieta Rodrigues, Padre Antonio Leite Barbosa Júnior (Padre Toninho), Padre Júlio Lancellotti, Padre Paulo Bezerra, Frei Betto, Fernando Altemeyer Júnior, Paulo Pedrini, Paulo Teixeira, Sonia Maria Bernardino, Luciana Dias da Silva, Douglas Mansur, Gilberto Nascimento, Regina Tavares de Menezes,  Edilson Mineiro, Auxiliadora Feminista, Beto Custódio, Expedito Marinho, Celina Leal Liger, Manoel da Costa Liger, Dalcides Neto e Rafaela Guabiraba.

As fotografias e documentos aqui reproduzidos foram cedidos ou liberados por Dom Angélico, Irmã Carmem Julieta, Waldir Aparecido Augusti, Sonia Maria Bernardino, Douglas Mansur, Vera Jursys, e também obtidos junto ao acervo do DOPS, no Arquivo do Estado de São Paulo, ao acervo do CEMI, na paróquia São Francisco de Assis, de Ermelino Matarazzo, à Fundação Perseu Abramo e ao acervo do jornal O Estado de S. Paulo. Também agradecemos a autorização para a reprodução de trechos de filmes dirigidos por Juraci de Souza, Roberto de Oliveira, Julio Wainer, Cláudio Kahns, Antônio Paulo Ferraz, Roberto Gervitz e Sérgio Toledo, bem como à TV Cultura de São Paulo.

Todas as imagens estão protegidas por direitos autorais. Seu uso foi autorizado exclusivamente para a publicação neste site, não podendo ser baixadas, copiadas, impressas ou reproduzidas em outros ambientes digitais ou em outros suportes sem a estrita autorização do Instituto Vladimir Herzog e dos responsáveis legais por esses documentos. Trechos do texto podem ser utilizados livremente, desde que citada a fonte.

Agradecemos a leitura atenta dos originais feita pelos conselheiros do IVH Maria Victória de Mesquita Benevides, Eugênio Bucci, Dácio Nitrini e Luís Ludmer.

Ficha Técnica

Coordenação: Lucas Paolo Vilalta
Pesquisa e texto: Camilo Vannuchi
Pesquisa complementar: Rodrigo Siqueira e Francisco Miguez
Seleção e tratamento de imagens: Discurso Direto Comunicação

Vídeos: 7 Estrelo Filmes
Direção: Rodrigo Siqueira
Acessibilidade: Temporal Produtora

Coordenação de comunicação: Raquel Melo
Produção audiovisual: Carolina Vilaverde
Assessoria de imprensa e redes sociais: Heleni Andrade

Site: Invenção.cc
Webdesign e programação digital: Rodolfo Nakakubo

Consultoria: Waldir Aparecido Augusti
Estagiárias: Débora Rocha e Maria Clara Santos Fialho

Esquadrões da Morte

Grupos de extermínio criados no Rio de Janeiro e em São Paulo no final dos anos 1960 e que logo se espalharam por outras capitais. Seus membros agiam à margem da lei, embora contassem com a colaboração e o apoio de políticos, policiais e integrantes das Forças Armadas, com o objetivo de executar opositores da ditadura, mas não apenas. Estima-se que mais de mil pessoas, em geral pessoas da periferia acusadas de cometer pequenos furtos ou delitos, tenham sido mortos por esses grupos. No final dos anos 1970, o Ministério Público de São Paulo apontou o delegado do Dops Sérgio Paranhos Fleury como principal líder do Esquadrão da Morte paulista.

Dom Angélico na capa da revista dos Missionários Maryknoll, dos Estados Unidos, em edição especial sobre não violência e mudança social na América Latina publicada em 1985. “Há a violência policial e a violência de um regime militar ditatorial e discriminatório, imposto em 1964, que ainda exerce poder e sob o qual milhares de pessoas foram torturadas e mortas”, afirmou o bispo à reportagem.

Margarida Alves

Eleita presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB) em 1973, foi uma das primeiras mulheres no Brasil a se estabelecer como liderança sindical e na defesa de direitos trabalhistas. Foi assassinada em 1983, aos 50 anos, na porta de casa. Inspirou a Marcha das Margaridas, realizada desde 2000.

Bispo Titular de Tambee

Tambee é o nome de uma diocese histórica, localizada na Tunísia, que desde os anos 1960 só existe no papel, como título, o que é chamado de “sé titular” na Igreja Católica. O bispo de uma sé titular tem acento no colégio dos bispos, mas não tem uma jurisdição ou um grupo de fiéis sob sua condução. É costume atribuir uma sé titular aos bispos-auxiliares, que não têm uma área geográfica sob sua condução.

Nunciatura apostólica

Representação da Santa Sé em outro país, como uma espécie de embaixada. O núncio apostólico no Brasil é o representante do papa no país.

Lei de Segurança Nacional (LSN)

Legislação que define crimes e penas para quem, na interpretação do legislador, colocar o Estado em risco, seja por conspiração, subversão, espionagem, atentado contra a soberania nacional ou contra a ordem. Houve muitas versões da LSN. Na de 1967, fazer greve era considerado crime, assim como “ofender física ou moralmente quem exerça autoridade”. A LSN de 1983 vigorou até 2021.

Ouro para o Bem do Brasil

Campanha de arrecadação criada pelos Diários Associados, antiga rede de jornais fundada por Assis Chateaubriand, a fim de ajudar o Tesouro Nacional a quitar a dívida externa e equilibrar as finanças da União após o golpe de 1964. Pedia-se que cada cidadão doasse seus objetos de ouro em postos de coleta.

DOI-Codi

O Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna foi um órgão subordinado ao Exército instituído em 1970 em São Paulo como sucessor da Operação Bandeirante (Oban), até então um centro clandestino de inteligência e repressão que logo se tornou o mais cruel local de tortura e extermínio utilizado pela ditadura militar. A estrutura foi reproduzida em outras capitais. Estima-se que pelo menos 50 presos políticos tenham sido assassinados no DOI-Codi de São Paulo entre 1970 e 1975, entre os quais o estudante Alexandre Vannucchi Leme, o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manoel Fiel Filho. O deputado Rubens Paiva foi uma das vítimas do DOI-Codi do Rio de Janeiro.

AI-5 O Ato Institucional nº 5 foi o quinto de um total de 17 decretos editados pelo governo militar após o golpe de 1964. Instituído em 13 de dezembro de 1968, o AI-5 foi responsável por oficializar a censura, suspender o direito constitucional do habeas corpus, conferir ao presidente da República o direito de fechar o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas (assumindo para si a função de legislar), intervir em Estados e Municípios e suspender direitos políticos de qualquer cidadão.

Homilia

Do grego, “conversa familiar”. Momento da missa em que o padre prega à comunidade, num tom mais de acolhimento do que de palestra ou sermão. É esperado que o sacerdote aborde as leituras do Evangelho feitas anteriormente, oferecendo uma interpretação para elas, e as relacione com aspectos da vida, do tempo presente.

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